Sinto, logo existo.

Acabamos por acreditar que as emoções são um bicho de sete cabeças,
caímos na conversa de que pessoas equilibradas e bons profissionais são
aquelas que deixam as emoções de lado e tomam as decisões da maneira
mais racional e fria possível.
Ainda bem que a ciência tem nos mostrado a importância do papel das
emoções em nossas decisões, assim podemos buscar nos reconectarmos de
forma saudável com o que nos faz humanos.
As emoções podem nos perturbar, nos envergonhar, nos tirar a sensação de
controle, que adoramos acreditar que temos, nos adoecer, mas também podem
nos dar respostas incríveis sobre quem somos, o que precisamos, além de
evidenciar nossa singularidade.
Quando se fala em conexão com as emoções, falamos em uma atitude de
abertura para o aprendizado que nos fará capazes de gerenciá-las.
Assim, é necessário aceitar que elas nos constituem e precisamos abrir espaço
para termos contato com elas no nosso dia a dia.
Em um momento da nossa história, fomos ensinados a categorizar as emoções
como boas e ruins, e em alguns momentos, até as boas emoções se tornaram
proibidas.
Para a maioria de nós cultivar uma atitude de abertura e curiosidade em
relação às próprias emoções pode ser um grande desafio, mas essa é a única
maneira que temos para descobrirmos quem somos de verdade, como
reagimos às mais diversas circunstâncias que enfrentamos.
Todo mundo quer viver a vida sendo o sujeito da ação, com autonomia
suficiente para tomar as decisões, conscientes sobre o seu desenvolvimento,
carreira, explorando o espírito criativo no trabalho e construindo boas relações.
Ao criarmos espaço para nossas emoções, damos o primeiro passo para
sairmos do estado de rigidez e experimentarmos flexibilidade e é somente ela
que nos permitirá nos movimentarmos através dos nossos estados emocionais
sem ficarmos presos indefinidamente em algum deles.
À medida que nos familiarizamos com as nossas emoções, nos tornamos
capazes de localizar seus efeitos físicos em nós e desenvolver estratégias
eficazes para lidar com eles.
Além disso, elas têm estreita relação com os nossos valores, nos ajudam a
reconhecer e respeitar os nossos limites, o que tem um impacto positivo no
nosso bem-estar e saúde mental.
Em se tratando de emoções, devemos pensar que podemos dar pequenos
passos a cada dia que somarão em grandes conquistas ao longo do tempo.
Quando entendemos que podemos aceitar quem somos sem restrições, até no
que temos de mais impublicável, sentimos alívio e desenvolvemos mais
autocompaixão, coragem e curiosidade em relação a nós e aos outros.

Perdemos o medo de experimentar as nossas experiências interiores mais
incômodas, porque entendemos que nenhuma delas pode durar para sempre e
só podemos superá-las se as vivermos.
Isso nos torna sensíveis e fortalecidos para abraçar uma identidade em
evolução contínua cujas narrativas que não nos servem mais são substituídas
por atitudes comprometidas com o que faz sentido para nós.
Desistimos de objetivos e metas irreais traçados por outras pessoas para
assumirmos o fato de que viver significa ter que enfrentar problemas, se ferir,
falhar e cometer erros, nos livrando do perfeccionismo para que possamos
apreciar cada pequena conquista como legítima.
Sei que não é simples, acolher as emoções e vivenciá-las pode ser difícil,
principalmente porque ficamos séculos no mundo da razão, sem intimidade
com elas, contabilizando a sua vivência na conta da fraqueza.
Ter uma atitude aversiva em relação às emoções tem sido socialmente aceito e
premiado, então, para desenvolver nossas habilidades emocionais, devemos
apostar no autoconhecimento, perder a vergonha de sentir e aprender a nos
expressarmos sobre nossos sentimentos.
Quando a gente aprende a acolher e a lidar com nossas emoções, nossa
comunicação ganha, pois nos tornamos mais assertivos.
Sabe aquela história de viver nos extremos, engolindo sapo ou explodindo com
os outros? Pois é, você pode alcançar um patamar equilibrado e saudável se
estiver disposto a treinar.
Medo, raiva, nojo, alegria, tristeza são só a base para desdobramentos infinitos
que nos fazem complexos e fascinantes, se reconhecer nas emoções é
saudável, revelador e acima de tudo humano!

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emoções

Ana Laura Freitas

Minha primeira graduação foi em Administração com ênfase em Comércio Exterior. Iniciei minha carreira trabalhando com exportação e um ano depois, eu estava atuando em finanças internacionais, numa grande empresa do cenário nacional.

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