Você é um líder altruísta?

O Fórum Econômico Mundial tem colocado as habilidades humanas no topo da
lista de características desejáveis para os líderes do futuro. Já mencionei várias
vezes que considero que não se trata mais de uma condição para o futuro, mas
para o agora.
Estamos cada vez mais familiarizados com as novas tecnologias de inteligência
artificial, o desenvolvimento do metaverso já é uma realidade e deixa claro que
as habilidades técnicas continuam sendo essenciais, mas, devem vir
acompanhadas de uma boa dose de humanidade.
Espera-se do líder que, além de construir ótimas relações interpessoais com a
sua equipe, ele conheça as habilidades de cada um de seus liderados e
entenda suas necessidades para que desenvolva talentos para a organização.
O monge francês, Mathieu Ricard, que também é PhD em genética, escreveu
um livro fascinante que se chama “A Revolução do Altruísmo”, onde ele usa o
seu conhecimento de cientista para nos mostrar que habilidades como empatia
e compaixão são capazes de transformar ambientes das mais diversas
naturezas.
Ricard chama as lideranças à responsabilidade para desenvolverem conexão
com suas próprias emoções, para que assim elas possam se conscientizar de
que podem disseminar comportamentos pró-sociais, que como ondas que se
propagam sobre a superfícies de lagos depois receber uma pedra atirada,
possam mudar o futuro do planeta.
Imagine que o livro foi publicado pela primeira vez em 2013 e ele nunca foi tão
atual e necessário!
Mais que pensar em metas mensais, bimestrais, trimestrais, semestrais, anuais
etc. Mais que pensar em ser promovido e ficar bonito na foto, é hora de pensar
grande e se comprometer com o futuro do planeta!
O líder de agora deve ampliar sua visão e se conscientizar sobre como suas
atitudes diárias podem impactar a Terra.
Sim, quando falamos em habilidades humanas como empatia e compaixão,
precisamos ter em mente que elas têm um impacto bem mais significativo e
transformador do que podemos imaginar e podem influenciar a maneira como
as pessoas que estão ao nosso redor lidam com o meio ambiente, pensam na
cultura da paz, nas necessidades dos outros, na diversidade que nos completa
e nos faz melhores.
Independente da maneira que escolhemos viver, deixaremos pegadas. Mas, se
escolhemos nos comportar de maneira ética e sensível ao outro, deixaremos
algo de positivo na história, não importa o quão anônimos sejamos.
Por isso, devemos desenvolver nossa autoconsciência, devemos nos conhecer
intimamente para que nossas escolhas reflitam o melhor de nossa humanidade
de forma autêntica e altruísta.
Durante muito tempo, ser líder, ou melhor, chefe nesse caso, foi sinônimo de
distância e solidão, um exercício de autocracia e egocentrismo em que
pouquíssimas e honrosas exceções podem ser mencionadas.
Os tempos foram mudando e chegamos num momento da história em que
liderar significa estar junto, fazer junto, desenvolver junto. Significa respeitar e
enxergar, exercer a firmeza saudável que é fruto do autoconhecimento e da
confiança que só tem quem já experimentou o fracasso e sabe o significado de
vulnerabilidade.

Durante muito tempo humildade, generosidade, honra, empatia, compaixão
foram debitadas na conta da fraqueza. Agora fique atento: a pessoa que tem
mais princípios, que é mais altruísta é a que está mais apta para liderar, porque
é a que sabe servir.

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líderes altruístas

Ana Laura Freitas

Minha primeira graduação foi em Administração com ênfase em Comércio Exterior. Iniciei minha carreira trabalhando com exportação e um ano depois, eu estava atuando em finanças internacionais, numa grande empresa do cenário nacional.

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