Sempre houve necessidade de sermos humanos, mas aí estão expressas as expectativas quanto às virtudes e não aos “pecados”.
Quando ouvimos que alguém é “tão humano” é num ser imaculado, compreensivo, bom, calmo e puro em quem pensamos. É preciso ser flexível, estar disponível para reavaliações constantes, lidar bem com as próprias emoções e com as dos outros. Não reagir às provocações, saber comunicar clara e gentilmente suas necessidades, compreender as dos outros, ser autêntico e haja etc.
O que é ser humano?
O pacote do humano contém virtudes e pecados e nada é mais contraproducente que negar a nossa inclinação para “pecar”. Nos esquecemos que o ser humano, sempre foi e será, também capaz de ficar exausto, sem inspiração, sem paciência, inquieto, insone, desesperançado, triste, ansioso, irritado, sem direção, crítico, invejoso, injustiçado, reclamão, desestimulado, agressivo e haja etc.
Quando se fala tanto da necessidade da autenticidade para se construir uma carreira, é primordial que a autenticidade seja compreendida em seu real significado que diz respeito a algo que é verdadeiro e manifesta naturalidade. Logo, um ser humano autêntico traz consigo o lado “B”. É natural.
Emoções
Isso não quer dizer que devemos ser vulcões de emoções em constante erupção. Em absoluto. É exatamente o contrário. Quando aprendemos a reconhecer as nossas próprias emoções e o contexto em que elas se manifestam, aprendemos a expressá-las e a compreender as dificuldades dos outros.
É simples? Eu diria que é preciso caminhar muito até que entendamos que podemos naturalizar nossas emoções, que elas não são motivo de vergonha ou culpa, que elas passam, que é possível regulá-las e que devemos estender esse direito aos outros.
Quando reconhecemos que nossa humanidade está ligada às nossas emoções, nos tornamos capazes de experimentarmos outro ser humano com todas as suas facetas que o constituem único e incomparável.
Aliás, você é único e incomparável. Você pode ser autêntico. Você pode se expressar para deixar sua marca por onde passar.
Não é preciso inventar a roda, só colocá-la para rodar!
Ana Laura Dimas de Freitas Rabelo
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