A Geração-Z: o futuro já começou

A geração Z também é conhecida como os nativos da era digital. Nascidos entre 1996 e 2015 eles constituem a força de trabalho que mais se insere no mercado na atualidade.

É necessário compreender o comportamento desses jovens, a sua relação e importância para economia mundial. O contexto em que estão inseridos, suas respostas a ele, suas ambições e motivações. Pois uma vez que são grande parte da força de trabalho disponível de agora em diante, são consumidores.

Geração Z

Deve-se primeiramente esclarecer que o que define uma geração são os acontecimentos marcantes de sua época. Sendo a pandemia do COVID-19 esse momento para a Geração Z ou Gen z.

A pandemia do COVID-19 impactou os “Gen Zers” na transição para a vida adulta. Assim, eles têm que lidar com os anseios relacionados às expectativas quanto à vida profissional em um mercado onde aumentam as incertezas e redefinições exatamente quando iniciam suas carreiras, em que diante da crise econômica o último a ser contratado é o primeiro a ser demitido (last hired, first fired). Soma-se a isso o fato de encararem frustrações como graduações online, distância de amigos, problemas financeiros dos pais, adiar a saída da casa dos pais, estressores como contagem diária de mortos, medo de perder entes queridos e as mídias digitais que lhes são tão essenciais, ecoando constantemente a realidade quotidiana angustiante.

Quanto mais tempo se estender a pandemia, mais profundos se tornarão seus impactos nesses jovens, que estão criando tendências que afetam o comportamento e preferências das gerações mais velhas em praticamente todas as áreas, pois além do fato de que para eles lidar com o digital é uma habilidade natural – pois não conheceram o mundo sem ele – valorizam a flexibilidade acima de muitos outros fatores, acreditam que o seu trabalho deve afetar positivamente a vida das pessoas, têm mais consciência social, se preocupam com tais aspectos confrontando as gerações anteriores para consolidar as conquistas sociais já alcançadas.

Características gerais:

Além disso, é a geração com mais inclinação ao empreendedorismo até então, uma vez que a realidade em que vivem, favorece o surgimento de tais características.

Em contrapartida, é preciso discutir suas dificuldades, para que seus gestores e eles próprios possam aperfeiçoar e otimizar seu desempenho, capacidade de gestão e liderança.

Entendê-los é crucial, pois o mundo organizacional atual vive um período histórico no qual há mais de uma geração no mercado de trabalho, nos mesmos ambientes profissionais, com diferentes visões.

Portanto, é preciso considerar que esses jovens têm dificuldade em receber críticas, são imediatistas querendo ter reconhecimento de seu desempenho em curto prazo. Embora consigam concluir trabalhos com rapidez, podem ter dificuldades em tarefas que exigem mais raciocínio, profundidade, embasamento mais robusto, têm dificuldade com a comunicação interpessoal.

 O estilo de vida dessa geração está intimamente ligado ao mundo virtual. Fazendo com que as soluções para situações de crise dependam disso, o que acaba por fazer com eles desenvolvam pouca habilidade administrativa. Além do fato de terem acabado de sair das faculdades, não tendo experiência e conhecimentos práticos sólidos. O que prejudica sua inserção e atuação no mercado de trabalho.

Cenário global:

Num mercado que valoriza cada vez mais as soft skills, o autoconhecimento, a autogestão e que não prescinde das habilidades administrativas, mesmo com seus inúmeros pontos fortes, os pontos de atenção do jovem da Geração Z representam grandes desafios.

É preciso ter em mente que em duas ou três décadas esses jovens terão o controle político e econômico das nações. Portanto, motivar o desenvolvimento e a valorizar o seu potencial são ações imprescindíveis. E devem ser implementadas pelas empresas que irão recebê-los e que queiram se adaptar às transformações rápidas e constantes com as quais lidamos.

Processos como o Personal Branding eo job crafting se tornam fundamentais e estratégicos para a gestão de carreira e crescimento profissional desses jovens. Além do desenvolvimento de lideranças que estejam dispostas a, mais que passar conhecimento, aprender com esses jovens. Criando um ambiente aberto para trocas entre gerações e inovação.

Ana Laura Freitas

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Ana Laura Freitas

Minha primeira graduação foi em Administração com ênfase em Comércio Exterior. Iniciei minha carreira trabalhando com exportação e um ano depois, eu estava atuando em finanças internacionais, numa grande empresa do cenário nacional.

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