Se você tem medo da sua incapacidade, deve ter perdido excelentes oportunidades
na carreira porque acredita que não é bom o suficiente para realizar
determinado trabalho.
O medo de ser mal julgado ou mal avaliado ao se colocar diante de outras
pessoas, te faz pensar no quão ridículo você pode parecer diante delas. Então
você simplesmente procrastina, congela e não sai do lugar.
Acaba perdendo a chance de se jogar num projeto bacana, de fazer contatos
importantes para seu networking, perde aquela oportunidade de desafiar o
lugar comum e apresentar uma ideia interessante, cede sempre a palavra nas
apresentações para aquele colega que “sabe falar”, porque percebe seu
próprio discurso de uma forma totalmente equivocada, como inferior.
Sei que parece fácil falar e quando vejo receitas do tipo check list, faça isso,
não faça aquilo, fico irritada. Não dá para tratar esse assunto de uma forma tão
simplista, porque é uma luta e tanto lidar com isso diariamente e cada um de
nós tem nossas próprias necessidades.
Mas posso dizer que se você sente vergonha, medo, insegurança em relação a
sua capacidade a ponto de desistir ou nem tentar fazer coisas que são
importantes para você, saiba que esperar que esses sentimentos desapareçam
para começar a correr atrás da realização profissional é a melhor maneira de
continuar empacado.
A única maneira de lidar com esse sentimento de incapacidade é agindo, se
expondo às situações que surgem no seu dia a dia.
Você deve se conscientizar que vai aprender e se aperfeiçoar à medida que as
situações acontecerem. A cada passo que der, você poderá se surpreender
positivamente e quando se frustrar, o que será inevitável, você entenderá que
isso é importante para te treinar e fortalecer.
Todo processo para aprender algo novo exige prática, repetição e paciência.
Às vezes você vai pensar que não dá, que é duro demais, mas siga em frente,
pois esse é um processo no qual você vai conhecer o que tem de melhor em
você. Portanto, não dá para desistir! Seja curioso!
Um bom ponto de partida é reconhecer o que você realmente faz bem e o
quanto a sua segurança em relação a essa habilidade te deixa confortável para
mostrá-la para as pessoas sem se sentir constrangido, envergonhado e
amedrontado.
Se o seu desconforto for expressivo o bastante para te fazer recuar, pense em
se aprofundar mais sobre as causas desse sentimento e buscar ajuda para
construir estratégias para lidar com ele.
Você precisa se conhecer muito bem para que saiba do que é capaz.
Você confiaria em um desconhecido? Eu não. Portanto, o
autoconhecimento funciona como uma espécie de antídoto para
potencializar a autoconfiança e diminuir o medo e o sentimento de
incapacidade.
Um processo bem conduzido de estudo de sua personalidade te dará
as informações que você precisa para construir uma relação saudável
de autoaceitação e segurança, pois ele abrirá seus olhos para as
habilidades que te fazem singular e você se sentirá mais confiante
para se posicionar e tomar decisões de maneira autônoma.
Quando você aprende a identificar a raiz de seus medos, entende o
que é importante para você, faz uma leitura sensível e correta de sua
história de vida para entender por que responde a determinadas
situações da forma como faz, você terá visão ampliada e clara sobre
o seu próprio funcionamento e poderá agir de forma comprometida
com os objetivos que almeja e seus valores mais importantes.
O autoconhecimento é a principal ferramenta que você usará para se
livrar do sentimento de incapacidade e da inércia.
É preciso ter em mente que esse é um processo de aprendizado
contínuo, já que estamos constantemente sendo expostos a novas
situações a cada dia. Assim é inevitável que sejamos expostos ao
erro. Portanto, encare qualquer traço de rigidez e busque cultivar
abertura para experimentar o crescimento em cada oportunidade que
tiver.
Lembre-se que coragem não é ausência de medo, coragem é andar com
medo.
Qualquer pessoa sente medo diante de desafios, isso é perfeitamente normal e
saudável. O que nos faz corajosos é a capacidade de dar a mão para o medo e
realizar a tarefa mesmo assim, não importando o quão trêmulos nos sentimos!
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