Percebo que a divulgação de gestão de emoções, ou gestão emocional, aumentou muito.
Sou totalmente a favor que se fale sobre o tema, já que ele tem estreita relação com a saúde mental.
No entanto, algumas vezes ele é usado fora de contexto e temo que ele se esvazie do seu verdadeiro significado.
Por ser uma ferramenta e tanto na promoção da saúde mental, é preciso tratá-la com responsabilidade e esclarecer do que realmente se trata.
Do contrário, o termo pode ser tornar mais um jargão banal e vazio de seu real significado, como tantos outros usados no meio corporativo.
Assim, me proponho a publicar nas próximas semanas artigos que tratam dos pontos mais relevantes da gestão emocional.
Nesse primeiro artigo, de forma sucinta, trazemos sua definição, do que não se trata , de como ajuda na carreira e apresentamos o motivo de levá-lo para as organizações.
Habilidades de gestão emocional: o que são, o que não são, porque ajudam na carreira e porque devem ser levadas para as organizações
A gestão emocional é um conjunto de habilidades que podem ajudá-lo a reagir de forma construtiva às situações desafiadoras do seu dia a dia.
Essas habilidades beneficiam sua carreira, uma vez que você se torna consciente para se relacionar com as pessoas e fazer suas escolhas.
Para desenvolver suas habilidades de gestão emocional você precisa estar disposto a se engajar por um bom tempo no processo, pois os resultados mais robustos não são notados da noite para o dia.
O que são habilidades de gestão emocional?
Uma boa definição para a gestão emocional é a que diz que se trata da capacidade de compreender o que você sente e avaliar as suas possíveis reações de forma madura e sábia.
Assim, podemos concluir que o autoconhecimento e autorregulação emocional são as chaves para o processo de desenvolvimento dessas habilidades.
Elas podem levar tempo e exigir esforço para se desenvolver.
Mas, podem nos ajudar a ser pessoas e profissionais melhores, já que nos tornamos mais conscientes sobre quem somos e passamos a nos relacionar de forma mais sensível com os outros.
O que não são: supressão ou repressão de emoções.
É importante destacar que quando mencionamos “regulação” e “gestão” emocional, não se trata de supressão ou repressão das emoções.
Ao contrário, trata-se da capacidade de reconhecer, acolher e lidar com as emoções para que se tenha respostas adequadas ao contexto em que se vive e não algo que busque eliminação, evitação ou negação.
Quando lidamos com emoções devemos ter em mente que sempre teremos que enfrentar situações adversas, pois elas fazem parte da vida.
Da mesma forma, todas as emoções que nos constituem como seres humanos também estarão presentes ao longo das nossas experiências.
Por que as habilidades de gestão emocional ajudam na carreira?
Profissionais que regulam suas emoções podem lidar melhor com situações de alto estresse e fazer escolhas mais conscientes sob a pressão de situações excessivamente emocionais.
O desenvolvimento dessas habilidades pode ajudar profissionais em uma ampla variedade de setores e cargos, especialmente os de liderança.
Há tarefas que são diretamente influenciadas pelas habilidades de gestão emocional, tais como:
· Resolver conflitos com colegas ou clientes
· Fazer apresentações ou falar publicamente
· Atendimento aos clientes
· Avaliações de desempenho
· Treinamento de colegas
· Conclusão de tarefas com datas-limites
· Adaptação às mudanças em planos de projetos
· Dar e receber feedbacks
· Habilidades de comunicação
· Melhora nas relações interpessoais
· Sensibilidade em relação às emoções dos outros
Por que levar a gestão emocional para o ambiente de trabalho?
As habilidades de gestão emocional nos tornam mais sensíveis para construirmos relacionamentos interpessoais mais significativos, responsáveis e éticos.
Logo, isso se estende naturalmente para o ambiente de trabalho e o torna psicologicamente seguro, o que tem relação direta com o bem-estar e saúde mental dos trabalhadores.
Podemos então afirmar, que a gestão emocional é um meio de promover o bem-estar e saúde mental nas organizações.
As empresas podem levar a gestão emocional para seus ambientes através de programas de desenvolvimento dessas habilidades em suas lideranças.
Espero que tenha gostado!
Até mais,
Ana Laura Freitas
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